quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Treino PL69 - H2Oba!

Chuva. Quando ela fica muito tempo sem aparecer, como nos últimos dias, o povo (inclusive eu) reclama do tempo seco. E essa baixíssima umidade relativa do ar, típica de deserto, realmente complica tudo... Até para respirar. Imaginem correr!

Não deu, chifrudo...
Mas aí o tempo finalmente muda. E o povo, ao invés de gostar, reclama também. Ô, gente mimimizenta! Eu não. Sou milhões de vezes mais treinar debaixo de chuva do que com o calor infernal do domingo passado, por exemplo. Antes, até me importava (um pouco) com os olhares curiosos, as eventuais provocações e os gritos de "tá maluco?" por ser o único, ou um dos, na rua correndo naquela tempestade. Hoje não mais. E não faço isso para me exibir ou me sentir melhor que ninguém. Mas porque gosto, de verdade.

Esse é do time
Feliz com as condições climáticas favoráveis (a mim) e com a publicação da edição nº 1 da Revista Em Forma, da qual sou colaborador (leia aqui a minha primeira coluna, Sedentarismo é doença), saí para um trotezinho livre, de hora e pouquinho de duração. O relógio custou uma eternidade a achar o sinal do satélite e me fez já começar a brincadeira todo ensopado.

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Não deu nem 5 km e ele, o Garmin Fenix, resolveu apagar, mostrando que, ao contrário do dono, não gosta nada de chuva. Já parei treino no meio por conta da tecnodependência. Também não faço mais isso. Se tiver que medir no mapinha depois de chegar (como faria hoje) e chutar o tempo gasto, sem problema nenhum. Números são referência. Não estou passando por uma auditoria.

Sem obsessões
No entorno do velho centro da cidade, surpreendi-me agradavelmente com cumprimentos de transeuntes. O mano que mandou o #AíSim. A figura de gênero irreconhecível, totalmente coberta pela capa de chuva, que desejou boa noite. O motorista, quiçá até companheiro de esporte, que buzinou simpaticamente; e todos os outros que deram passagem nas faixas e cruzamentos, recebendo meu aceno de agradecimento. Um bocadinho de gentileza e empatia, mesmo que só de vez em quando, é bem-vindo. Dá esperança.


Né?
Uma hora e meia (tempo líquido, literalmente) depois, chegava de volta em casa. Sem saber exatamente quanto rodei (uns 15 km) e muito menos em que ritmo. Precisando urgentemente de um banho quente, roupas secas e um pratão de pedreiro (fazer o quê, né?). Grato pela saúde e a disposição que permitem essas minhas boas extravagâncias. Se puder as continuar fazendo, não preciso de muitas outras coisas.

Isso, só que com muita água

8 comentários:

  1. Adoro correr na chuva também, e é um pouco libertador correr sem ficar focado no relógio não acha? as vezes agente deixa de prestar atenção em outras coisas, gentilezas é algo que anima e as vezes é capaz de causar até uma recuperação o poder de um incentivo dificilmente pode ser mensurável depende de casa um, mas para mim é uma pílula de energia.
    Bons treinos
    Parabéns pela revista
    Bons Km´s
    Ju

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    1. Oi, Ju, obrigado pela visita e mensagem. Correr na chuva é muito bom, principalmente depois de tantos dias secos como esses. No meu caso específico, nem sou de prestar muita atenção no relógio durante o treino, mas gosto de ter o registro da distância e tempo depois, para colocar na planilha. De qualquer forma, foi sim libertadora a sensação de não parar só porque o relógio apagou no meio do treino. Gentilezas e incentivos são sempre bem-vindas, qualquer que seja a origem delas. Quando é de surpresa, inesperada como essas, ainda mais legal.

      Bons quilômetros para todos nós!

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  2. Passei por você no sábado de manhã, na Rua do Paraiso, enfrente ao Paulista Plaza.Fiquei admirada, Parabéns pela disposição e disciplina! Como dissem: muitos querem, mas poucos tem a coragem!

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    1. Oi, Edna. Obrigado, mas a foto correndo na chuva que ilustra a postagem não é minha. Peguei no Google mesmo, hehehe... Você pegou uma das poucas que não tem uma foto pessoal. Boa parte das vezes, quando o treino é coletivo pelo menos, sempre tem uma imagem própria. De qualquer maneira, o corredor valente, que não tem medo de chuva, é dos meus. Ele em SP, eu em São José dos Campos, corremos sob qualquer condição climática... ;-)

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  3. Tb era adepto das corridas aquáticas. Depois da maratona do rio 2012 fiquei meio traumatizado. Hj estava pensando nisso porq aqui em BH tb está chovendo e esfriou. Estou tentando colocar na cabeça que o excesso de frio que sinto hj em dia (anes gostava) é psicológico. Trauma da hipotermia de 2012(32º).

    Mesmo assim não sou "mimizento", rsss. Se está quente tá bão, se está frio tá melhor!

    Não sou adepto da tecnologia nas corridas, então p mim não faria diferença o "aparelhino" ter morrido. A questão é: TÁ PREVISTO NO CONTRATO garantia)? rsss!

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    1. Deve traumatizar mesmo... Eu tenho o problema inverso, peguei ainda mais birra de calor depois de fazer uma meia maratona genocida, sob 36ºC e com largada às 10 da manhã (depois da missa) em Guaratinguetá, no ano de 2007.

      O meu aparelhinho veio de fora. Nem sei se está mais em garantia, mas é triste que todos os modelos apresentem esse problema com a bateria em tão pouco tempo de uso. Voltou a funcionar durante o próprio treino e, aparentemente, está "bem de saúde". Vamos ver se não dá problema de novo na corridinha de hoje à noite.

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  4. Fábio, sinto no fundinho q sou meio parecida com vc, (as manias: nr, gps e agora esse lance de chuva). Me admirei q vc não fez o percurso de carro depois pra se certificar qto fez nesses 90min (pace não, ok)! Eu ainda tô nessa pira; na pira de fazer 30k/sem, pq 'pra mim' é muito fácil eu deixar cair esse volume pra 20 ou até 10. Muitos compromissos podem nos ocupar, mas nosso "gosto" pela corrida não pode ser sufocado, né?
    Ahh... queria saber de vc se vc achou tb (além da Helena) que planejei muitas provas sequenciais até a Mara (nov/2013).

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    1. Corredor é cheio de mania, né, Dani? Algumas parecidas, outras exclusivas, mas ou que não falta, é coisa do tipo. Conferir de carro eu não confiro, mas se o Garmin falha, tem o MapMyRun.com pra relembrar e medir depois. Medindo ou não, qualquer que seja a distância, importante mesmo é não ficar parado!

      Achei um bom cronograma. Bom fominha que sou, nunca acho prova demais. Cada um sabe o que dá conta. Se bater cansaço, falta de pique no meio do caminho, pule uma ou outra, o que é que tem?

      Vai que a Mara é sua!

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