segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Treino PL82 - Treino é treino, jogo é jogo...

Mas, peraê, existe também jogo-treino... E jogar sem preocupação com o "placar", só mesmo para aproveitar o dia e a oportunidade, costuma ser bem divertido.

Sempre achou bonitinha a frase, mas nunca colocou em prática? Corra...
Quando dois desafios de grandes proporções cismam de acontecer em dois finais de semanas seguidos, o jeito é abrir mão de um deles, certo? Depende... Eu também já pensei desta forma e perdi muita coisa bacana por questões de calendário (ou excesso de zelo, para quem preferir). Mas não precisa ser assim, a ferro e fogo. O que me impede de focar em uma das missões e usar a outra apenas como parte da preparação? Ok, ok, a distância é longa? Corro menos, ué! Com bom senso e parcimônia, dá para aproveitar de tudo um pouco.

Na maioria das situações
Nos últimos anos, havia ficado de fora desta prova, uma das que mais gosto e que tem um significado muito importante em minha história como corredor. A ponto de ser personagem principal de dois capítulos do meu livro, que versam sobre dias ruins e voltas por cima. A coincidência das datas em 2011 e 2012 haviam me impedido de tentar uma terceira participação, um tira-teima. Quando soube que, em 2013, o Desafio Ecológico de Pindamonhangaba fora marcado para apenas uma semana antes da Maratona de Lisboa, logo pensei: pronto, tô fora de novo... Só que não!

Não desta vez
A saída mais óbvia seria correr a sua versão participativa. Dos 31 km, com direito a um verdadeiro trecho de serra, de fazer motor 1.0 subir chorando, sempre houve a possibilidade de pegar o ônibus fornecido pela organização e ir até a metade do caminho. E só aí voltar correndo. Oficialmente, trata-se da competição feminina (embora, claro, haja mulheres que corram a distância completa com um pé nas costas!). Mas marmanjões também podem participar dela, sem número de peito e cientes de que não estão concorrendo a troféus.

Desafiador em qualquer distância
Mas a minha cautela seria ainda maior. Conhecedor, e dos bons, do tamanho da encrenca, mesmo que só na volta, optaria por uma participação especial, especial mesmo. A la carte, diria até. Poderia optar por não me inscrever e fazer simplesmente um treininho solo de distância livre por ali. Mas preferi contribuir com a causa beneficente e me sentir no direito de usufruir da estrutura do evento. E que bela estrutura! Até café da manhã, com bolo de chocolate e tudo, teve. Maurício, organizador e amigo, é mesmo um cara caprichoso. Aprendemos sempre muito com ele.


Simplicidade, mas atenção e respeito para com o participante
Choveu, parou, teve gente chegando em cima (e até depois!) da hora para fazer inscrição. Com isso, o atraso seria inevitável. Mas essa meia horinha a mais não atrapalharia em nada. Convencendo alguns amigos a me acompanharem na empreitada do treino livre no meio da prova (sobretudo a dupla Toninho & Tonico, também na reta final da preparação para uma maratona, a de São Paulo), larguei em ritmo pra lá de suave. Ficando, claro, bem na rabeira da tropa, entre os últimos colocados.



E viva a turma do fundão!
Teria, durante todo o percurso, a companhia do Celio, corredor recente, mas já com boas histórias para contar. Inclusive algumas parecidas com as minhas, a do resgate da saúde, do combate à obesidade e hipertensão arterial através da atividade física. Seria um prazer acompanhá-lo em sua primeira corrida um pouco mais longa, bater um longo e bom papo. Chegamos tão rapidamente e com tanta tranquilidade (nada como um belo dia nublado para correr!) à marca dos oito quilômetros, que deu até dor no coração bater e voltar. Mas era preciso.

Esse é dos nossos!
Enfrentando as muitas oscilações do caminho, dos dois lados da Rodovia Presidente Dutra, mas fugindo propositalmente da serra de Lagoinha, faríamos os quase dezesseis quilômetros em pouco mais de uma hora e meia. Ritmo tranquilo, de 5'50''/km. Não portava a faixa peitoral, mas estivesse monitorando os batimentos cardíacos, acho que veria um gráfico quase sem picos. Acho que nunca fiz essa distância de forma tão tranquila. Seria um treino mais que inspirador, sete dias apenas da minha grande meta do semestre. Se eu conseguir fazer algo parecido, voltarei de Portugal sorrindo de orelha a orelha... Mas não vou me cobrar absolutamente nada!

As Viagens de Gulliver?
Os dois Antonios, mais ariscos que nós desde o começo, mas que fariam caminhadas na ida e na volta para nos aguardar, facilitaram... E, quase na reta final, deixaram que eu tomasse a frente do pequeno pelotão. Claro que foi só uma brincadeira, muito das bobas, por sinal... Mas, para quem já experimentara a sensação ruim de ser o último colocado (entre apenas 33 participantes) nessa mesma prova em 2008, ser o "primeiro" a terminá-la, teria um gostinho especial. Cheguei até tirando onda, fazendo aviãozinho, correndo em ziguezague. Soltei o número de peito e fiz questão de avisar, como já havia feito antes da largada, que aquele nosso quarteto não estava concorrendo a nada. Mas me diverti à beça com mais uma dessas ironias da vida e do esporte.


Um dia junto da ambulância. Outro, antes dos batedores
Peguei sim a minha medalha, porque para mim, ela pode ter vários significados, inclusive o da participação apenas. Juntei os amigos e tirei foto engraçadinha no pódio, enquanto seus verdadeiros ocupantes por direito não chegavam. Aplaudi e fotografei as chegadas dos amigos, tanto os que apenas voltaram (e já fizeram muito!) quanto os que venceram o caminho completo. Felicitações especiais aos que representaram a 100 Juízo no pódio, Natanael, Rafael, Elias e Aldo. Tomei picolé, comi cachorro-quente, dei muita risada, coloquei a conversa em dia com velhos amigos, fiz novos. Tive mais uma memorável manhã esportiva, enfim. Sem exagerar na dose e nem comprometer a minha meta do domingo seguinte.





Agora é descansar, fazer as malas, acertar os últimos detalhes, encarar o treininho de bota-fora na quarta-feira e pegar a estrada. Que venham os 42 km de Cascais a Lisboa!

Vai ser sensacional

sábado, 28 de setembro de 2013

Treinos PL80 e PL81 - Quem corre só, só corre...

Quem corre com os amigos, experimenta o melhor efeito colateral do esporte. Tenho o privilégio de fazer parte de um grupo de gente fantástica, que gosta do que faz e que, unida, empreende e realiza. Não sou líder de nada e nem aceito a pecha, quem precisa de cacique é tribo. Mas estou sempre lá. Porque gosto de estar, simples assim.


Nem a maior, nem a melhor. Mas única
Amizades só se consolidam com o convívio; e o nosso é realmente próximo, não apenas nos eventos de corrida dos finais de semana. A tradição dos encontros semanais para treinos noturnos, qualquer que seja o dia no calendário ou o local escolhido para a concentração, é um fato consumado. Se ninguém fala nada, a galera já pergunta: "e o treino de quarta, onde é?". Onde for, eu vou. E meus trutas também.


Muitos ou poucos, mas sempre lá
Não estaríamos em grande número nesta semana. Sei lá, talvez pelo friozinho tardio, agora que o inverno acabou (vai pra Lisboa, meu filho!). Mas uma parte da galera atendeu ao chamado e compareceu ao ponto de encontro. Mais uma vez lá na zona oeste, quebrada do nosso impagável Tonicão e reduto de parte da nossa equipe. Fiquei sem viatura, meu velho carrinho me deixou na mão. Mas não o camarada Helber, que mal leu o meu comentário no Facebook e já se ofereceu para a carona. Quem tem amigos, tem tudo.

Chegou um dia desses. Mas é dos nossos
A ideia do Tonico era repetir o mesmo trajeto das últimas vezes (caminho do bairro Chácaras Reunidas), mas acabamos o convencendo a mudar. Dali do Jardim das Indústrias partimos, via downhill da Cassiano Ricardo e São João, rumo à rotatória de entrada do Urbanova. Não opinei, só fiquei ouvindo... Mas achei que os companheiros estavam subestimando a distância. Não era só aquilo que eles estavam falando, dez kaemezinhos só, de jeito nenhum.

Era ruim de ser pouca coisa...
Os mais ligeiros dispararam na frente e foram formadas algumas parcerias, duplas ou trios. Eu fiquei na companhia do Wagner Bazílio (que corre muito, mas estava de boa) e do Toninho, parceiro de milhares de quilômetros acumulados por aí. A volta, em subida, seria bem mais complicada (e lenta) que a ida. Mas conseguiríamos manter pegada razoável do começo ao fim, fechando os 12,7 km em 1h13min. Para comemorar ao final, picolé de isotônico. Essa foi (praticamente) inédita!

Tem doido pra tudo
Como o final de semana seguinte até teria corrida (o Desafio Ecológico de Pindamonhangaba), mas sem presença maciça da equipe, o Helber iria sugerir uma hora extra na sexta. E eu acabaria montando um percurso básico de 10 km para a brincadeira. Menos gente ainda presente: só eu, ele e o estrilante Silvio. Não importa. Se tem mais de já um, é treino coletivo.

Parada dura
Dali do lugar onde minha história como corredor começou (a Área Verde), dez anos atrás, partimos um minuto antes das sete e meia em direção ao final do Bosque dos Eucaliptos pela Avenida Ouro Fino. Voltaríamos ao Satélite pela Salinas e Perseu e faríamos o retorno ao ponto de partida pela Andrômeda. A toada leve foi proposital, mas nem ela, nem as subidas do percurso nos fariam ficar acima do ritmo de 6'/km planejado. 10,15 km em 59 minutos.

Girinho à toa
A conta para Lisboa vai fechando, mas sempre cabe mais um chorinho... Principalmente, se for aproveitar a ocasião para colocar o papo em dia, contar umas lorotas, dar umas risadas. E correr também, claro!

Correr sozinho é coisa de adulto. Correr junto é coisa de criança. E eu prefiro

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Preparando o caminho

Teste de postagem por celular pra mandar noticias la da terrinha...



Treino PL79 - Pau que bate em Chico

A segunda parte da dobradinha de corridas do final de semana foi caseira. Ou quase isso. São Francisco Xavier é São José dos Campos, mas tão longe, que tem até outra cidade (Monteiro Lobato) no meio. Terceiro ano em que acontece a prova, terceiro ano em que vamos para lá em peso, representando a malucada do asfalto.

Confira o relato em:
http://www.fabionamiuti.com/corrida/sfx2013.htm












segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Treino PL78 - O Vira

A poucos dias do desfecho do Projeto Lisboa, fui a São Paulo participar daquela que, no início deste ano, era para ser a grande prova da temporada. E que deu, inclusive, o pontapé inicial para a criação deste blog.

Pena que as indefinições e mudanças de data me impediram de participar delas, as 24 na Pista de Corrida, mais seriamente. Mas, ainda assim, estar presente à Virada Esportiva paulistana pelo segundo ano consecutivo, vencer as dificuldades do clima quente e seco, correr um pouco mais do que na primeira vez e ficar entre os cem primeiros colocados na classificação já foram gratificantes o bastante.

No ano que vem, quem sabe, com o devido planejamento e preparação, dê para realizar o sonho de ser um corredor centenário. Em termos de distância.

Veja como foi em:
http://www.fabionamiuti.com/corrida/24pista2013.htm











quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Treino PL77 - Apito amigo

Coisas muito boas costumam acontecer quando pessoas colocam seus talentos em prol do coletivo. Temos hoje, e eu me orgulho muito disso, um grupo valoroso de amigos corredores, cada qual com sua habilidade. A soma desses esforços está aí, para quem quiser ver.

Quem esquece dela?
Por detrás da nova identidade visual, mais bonita, clean e moderna da Equipe 100 Juízo, está um profissional talentoso e dedicado. Troféus, medalhas, camisetas, banners e et cetera? Ele que fez! Algumas vezes, atendendo a pedidos nossos de última hora, atrapalhando seus trabalhos e o obrigando a fazer hora extra até tarde da noite... Haja paciência!







Alguns trabalhos do mestre
Esse é o Silvio, o nosso Corredor do Apito. Um cara que nem aparece tanto, mas que é simplesmente fundamental para a equipe, um dos nossos patrimônios. Pelo seu dom, pela iniciativa e generosidade de colocá-lo a serviço do grupo. E por estar sempre colaborando também de outras formas, por ser um cara das ideias e do planejamento. Merecedor de todo o nosso reconhecimento.

Esse é o cara
De certa maneira, pedir para o sujeito escolher o local e montar o percurso do treino, é uma forma de homenageá-lo. Fôssemos uma equipe com mais recursos, incluiríamos a banda, o champanhe e os fogos de artifício (hehehehe...) também. Não tendo como, é a nossa singela forma de dizer MUITO OBRIGADO POR SER UM DOS NOSSOS. Quem está lá, sabe o quanto isso tem valor. União não é uma teoria bonita; mas uma prática, cultivada no dia-a-dia. A galera, convocada, compareceu em peso, mais uma vez.

O bat-sinal da malucada
O point escolhido foi central, para facilitar a vida da maioria. Lá no Vicentina nos concentramos e, sem muitas delongas (a distância era grande!) partimos. Temendo se perder por aí, num trajeto cheio de floreios, a galera da elite colocaria correntes nas canelas. Todo mundo correndo junto, puros-sangues e pangas, é cena rara. O evento também marcaria a volta aos treinos, ainda que para uma "participação especial" em apenas parte do percurso, do nosso amigo Wagner, ainda se recuperando da lesão no joelho.

Quando voltar de vez, segura a fera!
E que beleza de passeio noturno, quase 15 km passando por avenidas como a São João, a Barão do Rio Branco, a Anchieta e a Via Oeste. Contornando praças como a Synésio Martins, no Jardim Esplanada e a que fica atrás do Objetivo, na parte baixa do Aquarius. Pegando longas e planas retas, tal qual a avenida do novo fórum (parcialmente interditada e cheia de máquinas pesadas na pista; não nós!), mas também subidas e descidas de responsa. Se tivéssemos R$ 125 (!) para jogarmos fora, diria que teria sido um bom treino para a São Silvestre paulistana. Mas, ao menos eu, vou preferir ficar por aqui mesmo; e pagar noventão a menos para fazer a ex-xará menos famosa.

Mais barata. E melhor
Correr em comboio fez com que ninguém realmente se perdesse e o conversê fosse animado, com vários interlocutores. Menos na volta, subindo a ladeira da São João, de quem não gosto nada (e nem ela de mim). Entramos num acordo, pelo menos nesta noite. Ficou de bom tamanho fechar a parada pouco acima de 1h23. O ritmo médio foi tranquilo, até pelas dificuldades naturais do caminho. Mas o Diego, que sempre chega lá na frente, até elogiou... "Vocês não corriam desse jeito!".

Formato de apito. Só que não...
Quarta-feira, aqui, é assim. Se tem motivo especial, a gente se reúne e corre. Se não tem... Bem, a gente se reúne e corre também!

Teve até sabre de luz!
Link no Garmin Connect:
http://connect.garmin.com/activity/377831675

Resumo do treino: